Após esse período, IPVA será ajustado de forma escalonada
A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) aprovou, nesta terça-feira (10), um projeto que isenta veículos híbridos e movidos a hidrogênio do pagamento de IPVA por dois anos. A medida, que recebeu 53 votos a favor e 10 contra, será válida de 1º de janeiro de 2025 a 31 de dezembro de 2026, beneficiando carros híbridos até R$ 250 mil com motores abastecidos exclusivamente com etanol ou tecnologia flex.
Após o período de isenção, a alíquota do IPVA será ajustada de forma escalonada, iniciando em 1% em 2027 e chegando a 4% a partir de 2030. O projeto segue agora para sanção do governador Tarcísio de Freitas, que deve confirmar a decisão nos próximos dias.
Incentivo a caminhões e ônibus
Além dos veículos leves híbridos, o Projeto de Lei 1510/2023 também abrange caminhões e ônibus movidos exclusivamente a hidrogênio ou gás natural, incluindo biometano. Esses veículos terão isenção do IPVA entre 2025 e 2029, buscando promover uma matriz de transporte mais sustentável em São Paulo.
O governo estadual defende a proposta como forma de reduzir emissões de poluentes e atrair investimentos para a produção de veículos com tecnologias limpas. Com isso, São Paulo busca fortalecer sua posição como referência em sustentabilidade automotiva no Brasil.
Debates e pontos de vista
A aprovação gerou debates entre os parlamentares. O deputado Carlos Cezar (PL) elogiou a iniciativa, destacando sua contribuição para o desenvolvimento econômico e geração de empregos. Ele mencionou um recente investimento de R$ 11 bilhões por uma montadora em Sorocaba, que promete milhares de novos postos de trabalho.
Já a deputada Marina Helou (Rede) criticou a exclusão de veículos 100% elétricos da medida, argumentando que isso pode retardar a transição energética. “É essencial avançarmos na eletrificação da frota, que representa o futuro da mobilidade e da saúde pública”, afirmou a parlamentar.
Próximos passos
Se sancionada, a isenção representará um marco no incentivo à mobilidade sustentável em São Paulo. A medida, no entanto, acende o debate sobre a necessidade de incluir outras tecnologias, como os veículos 100% elétricos.
Com Informações: Mundo Automóvel
